Este mártir da nossa Igreja foi até as
últimas consequências defendendo a fé que professava e ensinava em suas
pregações
Nasceu em Lisboa, Portugal, no ano de
1647. Seu pai, Salvador Pereira de Brito; sua mãe, D. Brites Pereira. No ano de
1640, seu pai foi enviado pelo rei Dom João IV para ser governador no Brasil,
lugar onde faleceu. São João de Brito, com sua mãe e seus irmãos, ficaram na
corte. Desde cedo, São João dava testemunho da busca de viver em Deus.
Com sua saúde fragilizada, certa vez os médicos chegaram a perder as
esperanças, mas sua mãe, voltando-se para o céu em oração e intercessão, fez
também uma promessa a São Francisco Xavier e o pequeno João recobrou a saúde
milagrosamente.
São João passou um ano com uma batina, pois isso fazia parte do
cumprimento da promessa; mais do que isso, Deus foi trabalhando a vocação em
seu coração até que, com 15 anos apenas, ele entrou para a Companhia de Jesus.
Em 1673, foi ordenado sacerdote e enviado para evangelizar na Índia.
Viveu em Goa, depois no Sul da Índia, onde aprofundou-se nos estudos e todo
aquele lugar, toda aquela região conheceu o ardor deste apóstolo.
Homem que comunicava o Evangelho com a vida, ele buscava viver a
inculturação para que muitos se rendessem ao amor de Deus num diálogo constante
com as culturas, o que não quer dizer que sempre encontrou acolhimento.
Junto aos povos de Maravá, ele evangelizou e muitos foram batizados;
mas, ao retornar desta missão, ele e outros catequistas acabaram sendo presos
por soldados pagãos e anticristãos e fizeram de tudo para que este sacerdote
santo renunciasse a fé, mas ele renunciou a própria vida e estava aberto para o
martírio se fosse preciso. O rei chegou a condená-lo, mas um príncipe quis
ouvir a doutrina que ele espalhava e muitos mudavam de vida, abandonavam os
deuses e a conclusão daquele príncipe pagão era de que aquela doutrina era
justa e santa. São João foi libertado junto com os outros.
Não demorou muito, por obediência, voltou para Portugal, mas o seu
coração queria, de novo, retornar para a Índia e até mesmo ser mártir. Foi o
que aconteceu.
Passado um tempo, após dar seu testemunho em vários colégios dos
jesuítas, ser sinal para Portugal do quanto o amor a Cristo e à Igreja não pode
ter medidas. Retornando à Índia, novamente evangelizando em Maravá, foi preso.
Desta vez, até um príncipe pagão chegou a se converter. Mas o rei se revoltou,
mandou prender aquele padre. No ano de 1693, ele foi degolado. Sofreu muito
antes disso, mas tudo ofereceu por amor a Cristo e pela salvação das almas.
São João de Brito, modelo para todos nós de que o amor a Cristo, à
Igreja e a salvação das almas não pode ter medidas.
São João de Brito, rogai por nós!
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