Num sábado, no ano de 1531, a Virgem Santíssima apareceu a um indígena
que, de seu lugarejo, caminhava para a cidade do México a fim de participar da
catequese e da Santa Missa enquanto estava na colina de Tepeyac, perto da
capital. Este índio convertido chamava-se Juan Diego (canonizado pelo Papa João
Paulo II em 2002).
Nossa Senhora disse então a Juan Diego que fosse até o bispo e lhe
pedisse que naquele lugar fosse construído um santuário para a honra e glória
de Deus.
O bispo local, usando de prudência,
pediu um sinal da Virgem ao indígena que, somente na terceira aparição, foi
concedido. Isso ocorreu quando Juan Diego buscava um sacerdote para o tio
doente: “Escute, meu filho, não há nada que temer, não fique preocupado
nem assustado; não tema esta doença, nem outro qualquer dissabor ou aflição.
Não estou eu aqui, a seu lado? Eu sou a sua Mãe dadivosa. Acaso não o escolhi
para mim e o tomei aos meus cuidados? Que deseja mais do que isto? Não permita
que nada o aflija e o perturbe. Quanto à doença do seu tio, ela não é mortal.
Eu lhe peço, acredite agora mesmo, porque ele já está curado. Filho querido,
essas rosas são o sinal que você vai levar ao Bispo. Diga-lhe em meu nome que,
nessas rosas, ele verá minha vontade e a cumprirá. Você é meu embaixador e
merece a minha confiança. Quando chegar diante dele, desdobre a sua “tilma”
(manto) e mostre-lhe o que carrega, porém, só em sua presença. Diga-lhe tudo o
que viu e ouviu, nada omita…”
O prelado viu não somente as rosas, mas o milagre da imagem de Nossa
Senhora de Guadalupe, pintada prodigiosamente no manto do humilde indígena. Ele
levou o manto com a imagem da Santíssima Virgem para a capela, e ali, em meio
às lágrimas, pediu perdão a Nossa Senhora. Era o dia 12 de dezembro de 1531.
Uma linda confirmação deu-se quando
Juan Diego fora visitar o seu tio, que sadio narrou: “Eu também a vi. Ela veio a esta casa e falou a mim. Disse-me
também que desejava a construção de um templo na colina de Tepeyac e que sua
imagem seria chamada de ‘Santa Maria de Guadalupe’, embora não tenha explicado
o porquê”. Diante de tudo isso muitos se converteram e o
santuário foi construído.
O grande milagre de Nossa Senhora de Guadalupe é a sua própria imagem. O
tecido, feito de cacto, não dura mais de 20 anos e este já existe há mais de
quatro séculos e meio. Durante 16 anos, a tela esteve totalmente desprotegida,
sendo que a imagem nunca foi retocada e até hoje os peritos em pintura e
química não encontraram na tela nenhum sinal de corrupção.
No ano de 1971, alguns peritos inadvertidamente deixaram cair ácido
nítrico sobre toda a pintura. E nem a força de um ácido tão corrosivo estragou
ou manchou a imagem. Com a invenção e ampliação da fotografia descobriu-se que,
assim como a figura das pessoas com as quais falamos se reflete em nossos
olhos, da mesma forma a figura de Juan Diego, do referido bispo e do intérprete
se refletiu e ficou gravada nos olhos do quadro de Nossa Senhora. Cientistas
americanos chegaram à conclusão de que estas três figuras estampadas nos olhos
de Nossa Senhora não são pintura, mas imagens gravadas nos olhos de uma pessoa
viva.
Declarou o Papa Bento XIV, em
1754: “Nela tudo é milagroso: uma Imagem que provém de flores colhidas
num terreno totalmente estéril, no qual só podem crescer espinheiros… uma
Imagem estampada numa tela tão rala que através dela pode se enxergar o povo e
a nave da Igreja… Deus não agiu assim com nenhuma outra nação”.
Coroada em 1875 durante o Pontificado de Leão XIII, Nossa Senhora de
Guadalupe foi declarada “Padroeira de toda a América” pelo Papa Pio XII no dia
12 de outubro de 1945.
No dia 27 de janeiro de 1979, durante sua viagem apostólica ao México, o
Papa João Paulo II visitou o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe e
consagrou a Mãe Santíssima toda a América Latina, da qual a Virgem de Guadalupe
é Padroeira.
Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Exponha sua opinião sem denegrir a honra e/ou imagem de alguém, e procure evitar comentários maldosos ou de cunho político partidário.