Celebramos neste dia o testemunho de vida cristã e mariana daquela que
foi privilegiada com a aparição de Nossa Senhora, a qual deu origem ao título
de Nossa Senhora das Graças ou da Medalha Milagrosa.
Santa Catarina de Labouré nasceu em Borgonha (França) a 2 de maio de
1806. Era a nona filha de uma família que, como tantas outras, sofria com as
guerras napoleônicas.
Aos 9 anos de idade, com a morte da mãe, Catarina assumiu com empenho e
maternidade a educação dos irmãos, até que ao findar desta sua missão,
colocou-se a serviço do Bom Mestre, quando consagrou-se a Jesus na Congregação
das Filhas da Caridade.
Aconteceu que, em 1830, sua vida se entrelaçou mais intimamente com os
mistérios de Deus, pois a Virgem Maria começa a aparecer a Santa Catarina, a
fim de enriquecer toda a Igreja e atingir o mundo com sua Imaculada Conceição,
por isso descreveu Catarina:
“A Santíssima Virgem apareceu ao lado
do altar, de pé, sobre um globo com o semblante de uma senhora de beleza
indizível; de veste branca, manto azul, com as mãos elevadas até à cintura,
sustentava um globo figurando o mundo encimado por uma cruzinha. A Senhora era
toda rodeada de tal esplendor que era impossível fixá-la. O rosto radiante de
claridade celestial conservava os olhos elevados ao céu, como para oferecer o
globo a Deus. A Santíssima Virgem disse: Eis o símbolo das graças que derramo
sobre todas as pessoas que mas pedem”.
Nossa Senhora apareceu por três vezes
a Santa Catarina Labouré. Na terceira aparição, Nossa Senhora insiste nos
mesmos pedidos e apresenta um modelo da medalha de Nossa Senhora das Graças. Ao
final desta aparição, Nossa Senhora diz: “Minha filha, doravante não me
tornarás a ver, mas hás-de ouvir a minha voz em tuas orações”.
Somente no fim do ano de 1832, a medalha que Nossa Senhora viera pedir
foi cunhada e espalhada aos milhões por todo o mundo.
Como disse Sua Santidade Pio XII,
esta prodigiosa medalha “desde o primeiro momento, foi instrumento de tão
numerosos favores, tanto espirituais como temporais, de tantas curas, proteções
e sobretudo conversões, que a voz unânime do povo a chamou desde logo medalha milagrosa“.
Esta devoção nascida a partir de uma Providência Divina e abertura de
coração da simples Catarina, tornou-se escola de santidade para muitos, a
começar pela própria Catarina que muito bem soube se relacionar com Jesus por
meio da Imaculada Senhora das Graças.
Santa Catarina passou 46 anos de sua vida num convento, onde viveu o
Evangelho, principalmente no tocante da humildade, pois ninguém sabia que ela
tinha sido o canal desta aprovada devoção que antecedeu e ajudou na proclamação
do Dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora em 1854.
Já como cozinheira e porteira, tratando dos velhinhos no hospício de
Enghien, em Paris, Santa Catarina assumiu para si o viver no silêncio, no
escondimento, na humildade. Enquanto viveu, foi desconhecida.
Santa Catarina Labouré entrou no Céu a 31 de dezembro de 1876, com 70
anos de idade.
Foi beatificada em 1933 e canonizada em 1947 pelo Papa Pio XII.
Santa Catarina Labouré, rogai por nós!
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