Neste dia lembramos a vida desta santa que é inspiradora e protetora de
um Estado brasileiro: Santa Catarina. Nascida em Alexandria, recebeu uma ótima
formação cristã. É uma das mais célebres mártires dos primeiros séculos, um dos
Santos Auxiliadores. O pai, diz a lenda, era Costes, rei de Alexandria. Ela
própria era, aos 17 anos, a mais bonita e a mais sábia das jovens de todo o
império; esta sabedoria levou-a a ser muitas vezes invocada pelos estudantes.
Anunciou que desejava casar-se, contanto que fosse com um príncipe tão belo e
tão sábio como ela. Esta segunda condição embargou que se apresentasse qualquer
pretendente.
“Será a Virgem Maria que te procurará o noivo sonhado”, disse-lhe o
ermitão Ananias, que tinha revelações. Maria aparece, de fato, a Catarina na
noite seguinte, trazendo o Menino Jesus pela mão. “Gostas tu d’Ele?”, perguntou
Maria. -”Oh, sim”. -”E tu, Jesus, gostas dela?” -”Não gosto, é muito feia”.
Catarina foi logo ter com Ananias: “Ele acha que sou feia”, disse chorando. -”Não
é o teu corpo, é a tua alma orgulhosa que Lhe desagrada”, respondeu o eremita.
Este instruiu-a sobre as verdades da fé, batizou-a e tornou-a humilde; depois
disto, tendo-a Jesus encontrado bela, a Virgem Santíssima meteu aos dois o anel
no dedo; foi isto que se ficou chamando desde então o “casamento místico de
Santa Catarina”.
Ansiosa de ir ter com o seu Esposo celestial, Catarina ficou pensando
unicamente no martírio. Conta-se que ela apresentou-se em nome de Deus, diante
do perseguidor, imperador Maxêncio, a fim de repreendê-lo por perseguir aos
cristãos e demonstrar a irracionalidade e inutilidade da religião pagã. Santa
Catarina, conduzida pelo Espírito Santo e com sabedoria, conseguiu demonstrar a
beleza do seguimento de Jesus na sua Igreja. Incapaz de lhe responder, Maxêncio
reuniu para a confundir os 50 melhores filósofos da província que, além de se
contradizerem, curvaram-se para a Verdade e converteram-se ao Cristianismo,
isto tudo para a infelicidade do terrível imperador.
Maxêncio mandou os filósofos serem queimados vivos, assim como à sua
mulher Augusta, ao ajudante de campo Porfírio e a duzendos oficiais que, depois
de ouvirem Catarina, tinham-se proclamado cristãos. Após a morte destes, Santa
Catarina foi provada na dor e aprovada por Deus no martírio, tendo sido
sacrificada numa máquina com quatro rodas, armadas de pontas e de serras. Isto
aconteceu por volta do ano 305. O seu culto parece ter irradiado do Monte
Sinai; a festa foi incluída no calendário pelo Papa João XXII (1316-1334).
Santa Catarina de Alexandria, rogai por nós!
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