“Aqueles que são de Cristo crucificaram
a própria carne com os seus vícios e concupiscências” (Gal 5,24)
Esta Palavra do Senhor se aplica muito bem a São Pedro de Alcântara, o
qual lembramos hoje, pois soube vencer o corpo do pecado através de muita
oração e mortificações. Pedro nasceu em Alcântara, na Espanha, em 1499.
Menino simples, orante e de bom comportamento, estudou na universidade
ainda novo, mas soube, igualmente, destacar-se no cultivo das virtudes cristãs,
até que, obediente ao Mestre, o casto e caridoso jovem entrou para a Ordem de
São Francisco, embora seu pai quisesse para ele o Direito. Pedro foi ordenado
sacerdote e tornou-se modelo de perfeição monástica e ocupante de altos cargos,
o qual administrou até chegar, com vinte anos, a superior do convento e, mais
tarde, eleito provincial da Ordem.
Franciscano de espírito e convicção,
era sempre de oração e jejum, poucas horas de sono, hábito surrado, grande
pregador e companheiro das viagens. Como provincial, visitou todos os conventos
da sua jurisdição, promovendo uma reforma de acordo com a regra primeira de São
Francisco, da qual era testemunho vivo. Conhecido, sem desejar, em toda a
Europa, foi conselheiro do imperador Carlos V e do rei João III, além de amigo
dos santos e diretor espiritual de Santa Teresa de Ávila; esta, sobre ele,
atestou depois da morte do santo: “Pedro viveu e morreu como um
santo e, por sua intercessão, conseguiu muitas graças de Deus”.
Considerado um dos grandes místicos espanhóis do séc. XVI e dos que
levaram a austeridade até um grau sobre-humano, entrou no Céu com 63 anos, em
1562, após sofrer muito e receber os últimos Sinais do Amor (Sacramentos), que
o preparou para um lindo encontro com Cristo.
São Pedro de Alcântara, rogai por nós!
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