Viveu
entre o século VI e VII, foi monge, ermitão na região de Gaza, na Palestina.
São Vital vivia o refúgio em Cristo Jesus, na oração e na penitência. Quanto
mais alguém se refugia em Deus, sendo monge ou não, vai criando um coração cada
vez mais dilatado pelo amor do Senhor. Por isso, vai se tornando pessoa de
compaixão, que não julga, não condena; mas vai ao encontro do outro para ser
sinal de Deus.
São Vital, movido de pelo Espírito [Santo], saiu da Palestina e foi para o Egito, instalando-se em Alexandria. A sociedade daquele tempo sofria com a prostituição, mas São Vital não as julgou, não as condenou nem foi buscar a santidade, pois quem, de fato, busca a santidade, busca assemelhar-se àquele. Falando para as autoridades religiosas do seu tempo, ele disse: “Os publicanos e as meretrizes os precedem”. Jesus falou isso (Mateus, 21) e os santos buscaram ser reflexo dessa misericórdia. Denuncie o pecado, mas, sobretudo, anuncie o amor que redime, que salva.
O santo
buscava, num período do seu dia, arrecadar fundos e, depois, à noite, ia ao
encontro das prostitutas e oferecia o dobro [em dinheiro] apenas pela atenção
delas. Ele anunciava Jesus Cristo como em Lucas 15, quando o apóstolo ele
demonstra um coração de Deus, como do pastor que é capaz de deixar 99 ovelhas
para ir ao encontro daquela que se desgarrou.
São
Vital, testemunho da misericórdia que nos converte, converteu muitas mulheres,
ao ponto delas o ajudarem. Algumas senhoras “piedosas” foram se queixar desse
apostolado com o bispo e São Vital foi preso. No entanto, as mulheres que iam
se convertendo foram até a autoridade eclesiástica.
Os fatos
foram apurados e viu-se que era uma injustiça contra o santo. Injustiça maior
aconteceu quando, já solto, continuou a evangelizar com este método ousado, mas
um homem que comercializava as mulheres, o apunhalou pelas costas. São Vital
teve forças ainda de deixar, por escrito, esta verdade que é atual para todos
nós. Ao povo de Alexandria e dos demais lugares, ele dizia: “Convertei-vos, não
deixais a conversão para amanhã”. Por isso, São Vital chamava à atenção para a
conversão e, ao mesmo tempo, para o dia do juízo.
São
Vital, rogai por nós!
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