Pai do
monaquismo cristão, Santo Antão nasceu no Egito em 251 e faleceu em 356; viveu
mais de cem anos, mas a qualidade é maior do que a quantidade de tempo de sua
vida, pois viveu com uma qualidade de vida santa que só Cristo podia lhe dar.
Com apenas 20 anos, Santo Antão havia perdido os pais; ficou órfão com muitos
bens materiais, mas o maior bem que os pais lhe deixaram foi uma educação
cristã. Ao entrar numa igreja, ele ouviu a proclamação da Palavra e se colocou
no lugar daquele jovem rico, o qual Cristo chamava para deixar tudo e segui-Lo
na radicalidade. Antão vendeu parte de seus bens, garantiu a formação de sua
irmã, a qual entrou para uma vida religiosa. Enfim, Santo Antão foi
passo-a-passo buscando a vontade do Senhor. Antão deparou-se com outra palavra
de Deus em sua vida “Não vou preocupeis, pois, com o dia de amanhã. O dia de
amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado”(Mt
6,34). O Espírito Santo o iluminou e ele abandonou todas as coisas para viver
como eremita. Sabendo que na região existiam homens dedicados à leitura,
meditação e oração, ele foi aprender. Aprendeu a ler e, principalmente a orar e
contemplar. Assim, foi crescendo na santidade e na fama também.
Sentiu-se chamado a viver num local muito abandonado, num cemitério, onde as
pessoas diziam que almas andavam por lá. Por isso, era inabitável. Ele não
vivia de crendices; nenhum santo viveu. Então, foi viver neste local. Na
verdade, eram serpentes que estavam por lá e , por isso, ninguém se aproximava.
A imaginação humana vê coisas onde não há. Santo Antão construiu muros naquele
lugar e viveu ali dentro, na penitência e na meditação. As pessoas eram canais
da providência, pois elas lhe mandavam comida, o pão por cima dos muros; e ele
as aconselhava. Até que, com tanta gente querendo viver como Santo Antão,
naquele lugar surgiram os monges. Ele foi construindo lugares e aqueles que
queriam viver a santidade, seguindo seus passos, foram viver perto dele. O
número de monges foi crescendo, mas o interessante é que quando iam se
aconselhar com ele, chegavam naquele lugar vários monges e perguntavam:
"Onde está Antão?". E lhes respondiam: "Ande por aí e veja a
pessoa mais alegre, mais sorridente, mais espontânea; este é Antão".
Ele foi crescendo em idade, em sabedoria, graça e sensibilidade com as situações que afetavam o Cristianismo. Teve grande influência junto a Santo Atanásio no combate ao arianismo. Ele percebeu o arianismo também entre os monges, que não acreditavam na divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Antão também foi a Alexandria combater essa heresia. Santo Antão viveu na alegria, na misericórdia, na verdade. Tornou-se abade, pai, exemplo para toda a vida religiosa. Exemplo de castidade, de obediência e pobreza.
Santo Antão, rogai por nós!
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