terça-feira, 25 de dezembro de 2012

LIBERTAR O TEMPO. O QUE REALMENTE FAÇO COM O TEMPO?

Não é verdade que não temos tempo. A nossa vida está cheia de tempos. Precisamos identificar e tratar dele como quem cuida de um tesouro. Não é a quantidade de tempo a mais determinante.

Importante é perguntar-se o que fazemos do tempo e investir ai os nossos projetos e sonhos de preferência em favor dos que mais sofrem por motivo da pobreza e discriminações.

Falando do tempo, Bento XVI na sua carta “A esperança que salva” afirma:

“A única possibilidade que temos é procurar sair, com o pensamento, da temporalidade de que somos prisioneiros e, de alguma forma, conjeturar que a eternidade não seja uma sucessão contínua de dias do calendário, mas algo parecido com o instante repleto de satisfação, onde a totalidade nos abraça e nós abraçamos a totalidade”. 

 Seria o instante de mergulhar no oceano do amor infinito, no qual o tempo - o antes e o depois - já não existem. 

 Podemos somente procurar pensar que este instante é a vida em sentido pleno, um incessante mergulhar na vastidão do ser, ao mesmo tempo que, ficamos simplesmente inundados pela alegria”.

Sendo assim, não é tão difícil entender o tempo de Deus para as coisas. Porque Deus é Amor e a linguagem do amor todos nós entendemos.

 Há um momento para tudo e um tempo para todo propósito debaixo do céu.

 Tempo de nascer,
e tempo de morrer;
tempo de plantar,
e tempo de arrancar a planta.
Tempo de matar,
e tempo de curar;
tempo de destruir.
Tempo de chorar,
e tempo de rir;
tempo de gemer,
e tempo de bailar.
Tempo de atirar pedras,
e tempo de recolher pedras;
tempo de abraçar,
e tempo de se separar.
tempo de buscar,
e tempo de perder;
tempo de guardar;
e tempo de jogar fora.
Tempo de rasgar,
e tempo de costurar;
tempo de calar,
e tempo de falar.
Tempo de amar,
e tempo de odiar;
tempo de guerra,
e tempo de paz.
(Livro do Eclesiastes 3,1-8)

Mesmo com a esperança naquele que é Senhor do tempo e da história. A pergunta procede e incomoda a todos: O que realmente faço com o tempo cronológico que Deus me concede? Temos que confiar na infinita misericórdia de Deus e não percamos tempo em viver pela fraternidade universal.


Pedro Arfo 



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