O
encontro deste domingo entre o Papa e os fiéis se realizou no pátio da
residência de verão. Foi a primeira oração do Angelus rezada em Castel Gandolfo
nesta temporada de verão.
Bento XVI
comentou um trecho do Evangelho de Marcos no qual Jesus retorna a Nazaré depois
de um período em que pregou e realizou curas em outros lugares. Mas ao vê-lo
voltar e ensinar na sinagoga, seus conterrâneos ficam escandalizados, pois o
recordam como o filho do marceneiro.
“Nenhum
profeta é bem aceito em sua casa e pelo povo que o conhece! Isto é compreensível
porque a familiaridade no plano humano dificulta o ‘ir além’ e abrir-se à
dimensão divina” – explicou o Papa. “Mesmo entendendo isso, Jesus se
surpreendeu com a frieza com que foi recebido em Nazaré”.
Apesar de
saber que nenhum profeta é bem aceito em sua pátria, o fechamento de coração de
seu povo permaneceu para Ele obscuro e impenetrável: “Como é possível que não
reconheçam a luz da Verdade? Por que não se abrem à bondade de Deus, que quis
compartilhar nossa humanidade?”.
Este
fechamento espiritual foi o motivo pelo qual Jesus não pôde realizar em Nazaré
nenhum prodígio, tendo somente imposto as mãos a alguns doentes,
curando-os.
Discorrendo
sobre o episódio, o Papa fez uma observação sobre os milagres de Cristo, “que
não são uma exibição de poder, mas são sinais do amor de Deus, que se
concretiza aonde encontra a fé do homem”.
De fato,
o homem Jesus de Nazaré é a transparência de Deus, Nele Deus habita plenamente.
“E enquanto nós buscamos sempre outros sinais, outros prodígios, não percebemos
que o verdadeiro Sinal é Ele, Deus feito carne, é ele o maior milagre do
universo: todo o amor de Deus encerrado em um coração humano, em um rosto
humano” – completou o Pontífice.
FONTE: www.cnbbne2.org.br
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