Estimados irmãos e irmãs, fiéis devotos de São Francisco de Assis, minha cordial saudação!
Aproximando-nos da Quaresma, tempo propício à renovação interior de cada cristão, sinto-me motivado a lhes dirigir uma palavra/exortação.
Sua Santidade, o Papa Bento XVI, como acontece a cada ano, enviou sua mensagem para a Quaresma cuja centralidade é o cerne da vida cristã: a vivência do amor. Procurarei, fiel ao que recebi, sintetizar o pensamento do Papa, apresentando em linhas gerais sua mensagem:
No primeiro ponto acena para a responsabilidade pelos irmãos: “querer oferecer o bem do outro, desejando que também ele se abra à lógica do bem; interessar-se pelo irmão quer dizer abrir os olhos às suas necessidades”.
De fato, a Quaresma é tempo favorável à reconquista da vivência da fraternidade que nos conduz à solidariedade (Igreja samaritana: acolhe, cuida, porque AMA).
O segundo ponto da mensagem de Sua Santidade, apresenta-nos o dom da reciprocidade: “Uma sociedade como a atual pode tornar-se surda quer aos sofrimentos físicos, quer as exigências espirituais e morais da vida. Não deve ser assim na Comunidade Cristã! Os discípulos do Senhor vivem numa comunhão que os liga uns aos outros como membros de um só corpo. Isto significa que o outro me pertence: a sua vida, a sua salvação tem a ver com a minha vida e a minha salvação”.
Com estas palavras o Sumo Pontífice condena a forma egoísta de vida com que a sociedade hodierna quer viver, hostil a Deus e ao próximo. Como cristãos, somos chamados a vida em comunidade, onde nos valorizamos e nos respeitamos mutuamente. Onde podemos e devemos olhar o outro como irmão, nunca como inimigo.
No terceiro ponto da mensagem papal, percebe-se que o caminho a ser trilhado conjuntamente, leva-nos a santidade de vida: “A atenção recíproca tem como finalidade estimular-se, mutuamente, a um amor efetivo sempre maior... É nesta perspectiva dinâmica de crescimento que se situa nossa exortação”, objetivando atingir a plenitude do amor e das boas obras, a santidade.
Sejamos, pois, abertos as palavras de Bento XVI, nosso Pastor, e nos libertemos da tibieza espiritual, ou seja, livremo-nos da frieza em nossa vida de oração e sacramental, o que nos leva a fraqueza do amor ao próximo e da prática da caridade.
Que nesta Quaresma, vivamos todos os atos de piedade que são celebrados em nossa Igreja Paroquial e que nos conscientizemos de que o tempo quaresmal é um “percurso marcado pela oração e a partilha, pelo silêncio e jejum, com a esperança de viver a alegria pascal”.
Boa Quaresma a todos!
Pe. Glauberto Alves de Oliveira
Pároco
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