De acordo com os ensinamentos da Igreja, pelo Sacramento do batismo, cada cristão foi iniciado na vida de fé, tornando-se partícipe da vida trinitária, ou seja, foi imerso no mistério da vida de Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo.
Iniciado na vida trinitária, todo cristão recebe, no ato do batismo, graças especiais que o torna filho de Deus, chamado a viver unido ao Pai e através dessa união, convocado a produzir frutos que permaneçam: “Eu sou a videira verdadeira, e o meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não dá fruto, ele os poda para que dêem mais fruto ainda” (Jo: 15, 1-2).
É desta perspectiva da união com Deus que vive o ser humano. Em si mesmo, o homem anseia por Deus, mesmo que externamente, sintamos a fragilidade na comunhão com Deus e, dolorosamente, muitas vezes, tenhamos de aceitar que o mundo moderno e auto-suficiente não precisa mais de Deus; as pessoas cheias de si mesmas, vivem como se Deus não existisse; daí a conclusão de Bento XVI: “o homem moderno construiu um mundo que não tem mais lugar para Deus”.
Contudo, a prática da vida, resulta-nos o contrário: mesmo que em muitos ambientes se viva a experiência da ausência de Deus, aos poucos se percebe que, independente de nossa inserção pelo Batismo em Deus, n’Ele, temos nossa origem e essência. Assim sendo, nos damos conta de que sem Ele, nada somos, nada podemos, conforme atestam as Escrituras: “Sem mim, nada podeis fazer” (Jo: 15, 5).
A partir da experiência do encontro com o Senhor, todo homem e toda mulher, aquecidos os seus corações, a exemplo dos discípulos de Emaús (cf: Lc 24, 13-35), sentem-se inflamados pelo Espírito do Ressuscitado a se tornarem, ou melhor, a assumirem, ser do Cristo, discípulos missionários.
Na caminhada do discipulado, somos exortados, a partir da escuta orante da Palavra de Deus, a responder à pergunta: “O que o Senhor quer de mim”? A resposta de quem ouve e tenta responder com coerência na liberdade, não é outra se não esta: o Senhor quer de mim que eu seja missionário sempre, proclamando a Boa Nova a todos quantos de mim se aproximarem, contagiando com a minha vida, os outros para o seguimento de Cristo.
Venha, você também, fazer parte deste contagiante processo de evangelização. Não deixe que as palavras do Mestre não sejam ouvidas: “Ide pelo mundo e a todos fazei meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28, 20).
Pe. Glauberto Alves de Oliveira
Paróquia São Francisco de Assis
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